sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sobre a Cornucópia.

“Nós vamos buscando e estabelecendo um contato mais profundo com o nosso mundo interior, com essa possibilidade de ser fértil eternamente, que o ser humano tem, é a questão do Mito da Cornucópia. A cornucópia é o chifre da cabra de Zeus. O Zeus, lá no Olimpo, tem uma cabra que da leite para. É a cabra de Zeus, é claro, é a melhor. Então, numa época em que faltava comida, os gregos cortaram o chifre da cabra de Zeus. E como a cabra é fértil, da leite, o chifre dela também é fértil e dele sai frutos e tudo mais que eles precisavam. Esse chifre acabou sendo um símbolo da humanidade, um símbolo de fartura e eu sempre o vejo também como uma metáfora das possibilidades criativas de cada um de nós, seres humanos. Nós somos cornucópias. A cornucópia e infindável. Quanto mais você tira, mais ela dá. É um símbolo de fartura, um sonho da humanidade. Uma fartura que de a ele alimentos eternos, para todo mundo; é um objeto desejado. Mas na verdade, nós somos essas cornucópias. Nós podemos jorrar infinitamente. Você jorrando, nunca mais fica vazio. Porque no momento que você começa a dar, você começa a ganhar. O que você dá é o que fica. É o fenômeno da decantação.”

AMIR HADDAD
(em aula a alunos da escola carioca do espetáculo brasileiro – TNR 2006)

Um comentário:

Brunna Maimone disse...

concordo!!!
agora sei o que é a tal cornucópia e concordo com certeza.
quanto mais se da mais se tem sempre!!